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Debate climático domina G20

10/07/2017

Manifestantes protestam contra o G20 em frente à Prefeitura de Hamburgo, que recebe a cúpula do grupo em julho

Quando se reuniram na cidade alemã de Hamburgo na última sexta-feira (7), na cúpula do G20, líderes das principais economias do mundo voltaram a discutir outra cidade: Paris.

O Acordo de Paris, assinado em 2015 na capital francesa por 195 partes, dominou os debates do fórum global. Enfraquecido pela crise política, o Brasil não foi um dos protagonistas.

Dando o tom do debate, a Universidade de Oxford publicou o seu relatório sobre a mudança climática, alertando para os riscos trazidos à saúde. O texto foi redigido pelo EMS (Simpósio de Mercados Emergentes).

O brasileiro Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade, faz parte do grupo de pesquisadores que assinam o texto. "Já sabíamos que havia impacto na saúde, mas é em uma magnitude maior do que imaginávamos", ele afirma em entrevista à Folha.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 23% das mortes no mundo estão relacionadas a fatores ambientais, como a poluição do ar e da água, cuja redução poderia ajudar na prevenção de 30% das doenças cardiovasculares e 20% dos cânceres.

Cientes das consequências da mudança climática, os signatários do Acordo de Paris, principal iniciativa para frear a elevação da temperatura do planeta, firmaram o compromisso de manter o aquecimento da Terra abaixo de 2ºC em relação à era pré-industrial até o fim do século, tentando limitá-lo a 1,5ºC.

Mas o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que o país vai deixar o tratado, assinado por seu antecessor, o democrata Barack Obama. Trump foi questionado pelos demais governantes em Hamburgo, que já sinalizaram não ter intenção de renegociar o acordo –o americano alega que o teor do tratado é desvantajoso a seu país.

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou repetidas vezes que esse foi o principal enfoque da cúpula, e a União Europeia deve se alinhar à China, que busca maior protagonismo internacional em ambiente.

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Fonte: Adaptado de Folha de São Paulo