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Regulamentação para geração de energia eólica em alto mar deve sair até fim do ano

20/08/2021

Um dos pontos mais discutidos recentemente com relação às energias renováveis, a produção de energia eólica em alto mar, será regulamentada até o fim do ano. É o que garante o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo César Magalhães Domingues. O decreto que será publicado poderá trazer benefícios para o Rio Grande do Norte.

Com destaque nacional na produção de energia eólica, o Rio Grande do Norte é o maior produtor do país, chegando a marca da capacidade de 5 GW. O número representa de 27,5% da capacidade de produção no Brasil e o estado já demonstrou interesse em ampliar esse valor, incluindo a produção da energia no mar.
Um projeto de lei apresentado pelo senador Jean-Paul Prates, do Rio Grande do Norte, regulamenta a autorização para aproveitamento do potencial energético offshore, instalado no mar. Porém, o Governo Federal já fará o andamento através da regulamentação por decreto.

"Há um potencial de geração eólica offshore muito grande, no Brasil, e também muito interesse por parte de empreendedores", afirmou o secretário Paulo César Magalhães, em seminário que tratou sobre o tema na quarta-feira (18). Há, inclusive, três grandes empresas que já demonstraram interesse na exploração da matriz e encaminharam pedidos de licenciamento ambiental ao Ibama para construir usinas offshore.

A do MME é que a geração eólica offshore cresça associada à produção de hidrogênio verde. "O Brasil pode ser um importante agente produtor e exportador de hidrogênio e contribuir com a matriz energética mundial na transição para uma economia de baixo carbono", disse Domingues durante o seminário.

A energia eólica é uma alternativas de insumo para a produção de hidrogênio verde, que é totalmente renovável, mas esbarra nos altos custos de produção, bem superiores aos valores do produto extraído de meios fósseis. Empresas têm investido em pesquisa para que as novas tecnologias possam tornar o hidrogênio verde mais competitivo, principalmente devido à obrigatoriedade da adequação às normas para emissão de carbono.

Fonte: Tribuna do Norte