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Empresas de energias renováveis vão contratar 340 mil pessoas no Brasil

19/05/2016

Até 2020, 340 mil empregos diretos e indiretos podem ser gerados no Brasil pelo setor de energias renováveis. O
volume de novos postos de trabalho teria condições de ser alcançado apenas pelos setores solar e eólico, segundo previsões da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e da Associação Brasileira d eEnergia Eólica (ABEEólica).
Entre 20 mil e 60 mil empregos no setor fotovoltaico serão criados dentro de quatro anos, acompanhando o
crescimento do mercado. Segundo a associação do setor, para cada megawatt instalado por ano, são geradas entre 25 a 30 novas vagas. Para a ABEEólica, as perspectivas são ainda mais otimistas: a entidade estima o alcance de até 280 mil novos postos no setor eólico em todo o país. Somente em 2016, o índice pode chegar a 45 mil oportunidades. Nesse mercado, a cada megawatt instalado anualmente, 15 novas vagas são criadas.
A construção de novos parques solares e eólicos no país, aprovados a partir de leilões de energia elétrica
organizados com frequência pelo governo federal, é uma das razões para a expansão. Nas duas áreas, as principais atividades estão relacionadas, em ordem de maior predominância, a funções de instalação, fabricação, desenvolvimento, venda, distribuição e manutenção dos equipamentos.
Mercado eólico
Segundo a ABEEólica, a capacidade instalada de geração energética a partir do vento no Brasil está em 9,41
gigawatts. A porção é distribuída em 375 parques eólicos, que operam ou estão em fase de testes, instalados em
diferentes estados. Em poucos anos, o país subiu cinco posições no ranking global de geração eólica. Hoje, ocupa o 10º lugar em capacidade instalada. Em 2013, ficava em 15º. De acordo com a associação, somando outros 376 parques que vão entrar em operação ou ser construídos até 2019, novos 9,07 gigawatts devem instalados. Em resumo, se as previsões se confirmarem, até o fim desta década, o Brasil passa a contar com 18,5 gigawatts de potência eólica acumulada em sua matriz elétrica. O volume, além de fornecer as milhares de oportunidades de trabalho previstas em diferentes setores da cadeia produtiva, é capaz de atender o consumo energético de 93 milhões de brasileiros, ou 31 milhões de residências com consumo médio de 167 kWh/mês.
7,7 milhões de pessoas
Já trabalham em todo o mundo na indústria de energia renovável. O índice é 18% maior em relação aos 6,5 milhões que ocupavam cargos no setor em 2014. Os dados são de uma relatório da Agência Internacional de Energias
Renováveis (Irena) e consideram empregos nos setores eólico, solar, hídrico, de biomassa, biocombustível, biogás e geotérmico.
Setor fotovoltaico
O setor solar, apesar de ser hoje responsável por apenas 0,02% da produção total de eletricidade no país – ou 0,027 gigawatts – também deve crescer. De acordo com a ABSOLAR, até 2018, as instalações de novas usinas solares
em território nacional vão somar 3,3 gigawatts de potência instalada, fato que resultará em 20 mil a 60 mil
oportunidades de trabalho.
Para Rodrigo Lopes Sauaia, diretor executivo da associação, projetos solares podem ser desenvolvidos em qualquer
parte do país e têm tudo para contribuir com a dinamização e o reaquecimento da economia nacional. “Vivemos um
momento emergente do setor, mas, dentro de alguns anos, com mais domínio da tecnologia, profissionalização do
setor e aumento da demanda fotovoltaica, vamos aproveitar uma maturidade maior. A quem estiver preparado, o
mercado vai fornecer boas oportunidades”, indica.

Fonte: Diário dos Ventos.