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Ibama manda parar atividades no complexo de usinas de Candiota e multa supera R$ 75 milhões

14/09/2016

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente determinou embargo de atividades do complexo de usinas térmicas a carvão da Eletrobras em Candiota. A decisão engloba as fases 1, 2 e 3.

- É uma série de problemas que foram detectados. O alerta já estava sendo feito para a Eletrobras, que não tomou as medidas necessárias. – explica o superintendente em exercício do Ibama no Rio Grande do Sul, Kuriakin Toscan.

Os principais apontamentos são basicamente: emissão de poluentes na atmosfera acima do permitido pela licença ambiental e poluição hídrica com óleos e graxas.

As usinas não podem voltar a funcionar sem autorização do Ibama. Além disso, foi aplicada multa à estatal de mais de R$ 75 milhões.

A decisão foi comunicada ontem à Eletrobras CGTEE. Já havia sido assinado um termo de ajustamento de conduta, mas não estava sendo cumprido pela empresa. 

Posicionamento enviado pela empresa:

“A Eletrobras CGTEE vem a público informar que foi surpreendida pelo Embargo aplicado pelo IBAMA, que determinou a paralisação da operação de geração de energia no Complexo Termelétrico de Candiota.
Informa também que todas as determinações emanadas pelos órgãos ambientais vêm sendo rigorosamente atendidas pela Eletrobras CGTEE, nos prazos negociados com o IBAMA.
Os motivos apresentados pelo IBAMA para determinar o Embargo já vêm sendo atendidos pela Eletrobras CGTEE desde janeiro, com conhecimento e acompanhamento do IBAMA, o que justifica nossa surpresa, especialmente com a extrema penalidade aplicada.
A Direção da Eletrobras CGTEE está adotando todas as providencias necessárias para a suspensão do Embargo e o retorno imediato do Complexo Termelétrico de Candiota à operação normal, visando restabelecer o fornecimento de energia de forma confiável à população do Rio Grande do Sul.”