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24/06/2016

Araucária é o nome popular da espécie de árvore Araucaria angustifolia, encontrada em áreas de Floresta Ombrófila Mista, principalmente nos estados da região Sul do país, mas também há registros de sua ocorrência no sul dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Seu nome de origem indígena é “curi”, que significa pinhão.
Além de fornecer madeira, sua semente, conhecida como pinhão, é fonte de alimento para a fauna silvestre, que contribui para o equilíbrio do ecossistema, dispersando suas sementes pelo solo. As aves que se alimentam das sementes das Araucárias, principalmente as gralhas azuis, estocam os pinhões em diferentes lugares, para garantir sua alimentação durante o período do inverno, mas muitas vezes não retornam nestes locais para coletá-los. São estas sementes que germinam, dando origem a novas Araucárias.
Como é uma espécie da flora nativa ameaçada de extinção, a Araucária é protegida pelo Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul (Lei Estadual nº. 9.519/1992), sendo possível sua supressão apenas em situações onde causa riscos de danos à sociedade e em caso de obras de utilidade pública ou interesse social. Nesses casos, além do licenciamento ambiental, o Departamento de Biodiversidade da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (DBio/SEMA) exige, para cada árvore suprimida, a reposição de 15 mudas da mesma espécie. Ainda assim, para a preservação da espécie, o Estado do Rio Grande do Sul suspende a autorização para o corte destas árvores nos meses de abril, maio e junho, por ser a época de queda de suas sementes.
Preservando as Araucárias contribuímos para a conservação da vegetação nativa e da fauna silvestre, e ainda garantimos os pinhões para as futuras gerações para as festas de São João!