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Armadilha Fotográfica em uma Época de Declínio da Vida Selvagem

19/06/2017

Em um expedição pela Amazônia peruana, um biólogo relatou ter ouvido uma história de um dos guias da expedição científica que participava, sobre uma luta entre uma onça e um tamanduá gigante, onde ambos acabaram mortos, abraçando-se como amantes, mas em destruição mútua - a mandíbula da onça ainda se inclinou em torno do pescoço do tamanduá em que tinha perfurado a artéria da sua presa, e as garras de dez centímetros do tamanduá ainda cravadas nas costas do grande gato.

Mais recentemente uma armadilha videográfica gravou por 12 segundos uma batalha de um tamanduá gigante com uma onça - uma batalha raramente vista pelos olhos humanos, tomada na Reserva Biológica Gurupi no estado do Maranhão, como parte de uma pesquisa sobre onças.

Mas mesmo quando as populações de onças e tamanduás gigantes diminuem, nós estamos vendo mais do que nunca e aprendendo mais do que nunca, graças à tecnologia das câmeras que tiram fotos ou gravam vídeos quando um animal ativa um sensor infravermelho, denominadas de armadilhas fotográficas.

As armadilhas fotográficas estão revolucionando nossa compreensão dos hábitos de animais em risco de extinção, especialmente nas florestas tropicais. Estes dipositivos estão nos permitindo obter informações sobre a distribuição, abundância, padrões de atividade e comportamento dessas espécies, o que seria impossível obter através de técnicas de observação convencionais.

Mas as armadilhas fotográficas podem ser utilizadas não apenas para estudos científicos, mas também podem ser um recurso amplamente utilizado para que o público veja essas espécies novamente e realmente se preocupe com sua sobrevivência, especialmente daquelas que estão em status crítico de preservação.

Fonte: Adaptado de TheGuardian